ROBIN GIBB EM CARREIRA SOLO


Vamos destacar esta semana um valioso item da carreira solo do Robin. Trata-se do álbum Walls Have Eyes, aqui ilustrado por meio de um raríssimo CD original da Polydor alemã, prensado em 1985, ano do próprio lançamento do trabalho. Este é um CD procurado por colecionadores do mundo inteiro e, ao contrário do Secret Agent, que recentemente foi relançado em mini disk japonês, só existe nesta versão em mídia digital, feita em tiragem limitada – este CD é inédito no Brasil.


Após um complicado processo de ruptura com Robert Sitgwood – que será assunto para outro post –, na metade da década de 80 os irmãos Gibb concentravam suas energias em trabalhos pessoais e para outros intérpretes. Em 1983, Barry havia assinado um contrato com a MCA Records, que estava interessada em promover sua carreira solo com base no sucesso dos Bee Gees no final da década de 70 e em trabalhos mais recentes como Guilty, com Barbra Streisand – em ambos os casos, Barry foi o grande expoente.

Em 1984, tanto Barry quanto Robin lançaram álbuns individuais: Robin Gibb Secret Agent, um álbum totalmente eletrônico claramente inspirado na moda musical da época, o brake; e Barry Gibb Now Voyager, uma grande insucesso comercial que levou a MCA a engavetar o álbum solo seguinte do Barry, Moonlight Madness, e abandonar os planos de investir em sua carreira solo, fator que acabou viabilizando a volta dos Bee Gees em 1987.

 
Em 1985, Barry trabalhava pela última vez com Albhy Galuten e Karl Richardson para finalizar o álbum Eaten Alive, para Diana Ross, e Maurice trabalhava no roteiro de um filme e no novo álbum da cantora sueca Carola. Neste ano, Robin Gibb lançou seu terceiro álbum solo, Walls Have Eyes. Para as sessões de gravação, Robin retornou ao lendário estúdio Criteria, em Miami, trabalhando com o produtor Tom Dowd, da Atlantic Records, parceira da gravadora Mirage, com quem Robin tinha assinado para o mercado norte-americano.


O álbum difere completamente do trabalho solo anterior, trazendo um conteúdo mais convencional e próximo dos Bee Gees. Segundo Tom Down, havia um orçamento muito limitado para sua produção e a Polydor britânica – que continuava distribuindo o trabalho do Robin para o restante do mundo – deu todos os direcionamentos a serem seguidos, o que restringiu muito a autonomia do time de produção e do próprio Robin.


Embora Walls Have Eyes tenha tido um pobre desempenho comercial, o álbum trouxe bonitas canções e teve o mérito de reunir os irmãos Gibb. Das 10 músicas, Barry foi coautor em 8. Além disso, ele e Maurice se juntaram a Robin na gravação de Toys, considerada a melhor canção deste disco. Maurice também atuou na produção e como músico. O single escolhido, apensar de Toys reunir os Bee Gees, foi Like a Fool, muito executada nas rádios brasileiras e que teve ainda um videoclipe bastante exibido aqui no país.


Comentários

  1. Oi, Cláudio!
    Quero parabenizá-lo por este site! É muito bom e interessante.
    Não sabia da história do álbum Walls have eyes do Robin. Deste álbum só conheço Like a fool e Toys e não sabia que o Barry tinha participação na autoria de algumas músicas. Sempre procurei esse álbum e agora entendi porque nunca achei!
    Estou sempre acompanhando o site! Parabéns mais uma vez!
    Abraços,
    Maysa Gibb

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  2. Obrigado Maysa. Sugiro que você compre este álbum em vinil (LP), é fácil de achar e os preços são ótimos. Se quiser uma cópia do CD, é só me escrever. Abs.

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  3. sou fã dos bee gees... tem como fazer uma cópia deste cd?

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  4. Olá Jussara, sim posso copiar para você. Me escreva pra gente combinar: brgibb@yahoo.com.br
    abs. Claudio.

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  5. tenho muita coisa dos bee gees tbm... qualquer coisa alan27cradle27@hotmail.com

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